ECOCARDIOGRAFIA NA COMPARAÇÃO DO PERFIL HEMODINÂMICO DA VIA DE SAÍDA DO VENTRÍCULO ESQUERDO NAS JANELAS APICAL E SUBXIFÓIDE EM CANINOS HÍGIDOS

Abstract

RESUMO: A mensuração do fluxo da via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE) é um dos parâmetros adquiridos em um exame ecocardiográfico de rotina. Por ele é possível adquirir outros parâmetros de importância para a avaliação clínica do paciente como o volume sistólico e o débito cardíaco. No entanto, o estudo da variabilidade dos valores hemodinâmicos da VSVE e as suas variáveis referentes aos métodos de aquisição ecocardiográfica transtorácica ainda não estão bem estabelecidos na medicina veterinária. O objetivo deste trabalho foi realizar um estudo ecocardiográfico para a comparação da integral velocidade-tempo (VTI), volume sistólico (SV) e débito cardíaco (DC), derivados das janelas apical cinco câmaras e subxifóide em caninos hígidos. No estudo foram examinados 10 cães clinicamente sadios, não sedados contidos fisicamente. Após o exame ecocardiográfico completo, o diâmetro interno da via de saída do ventrículo esquerdo (DVSVE) foi mensurado na janela paraesternal no eixo longo ao nível do anel da valva aórtica durante a sístole. A área transversa da VSVE foi calculada utilizando a fórmula πr 2. A VTI da VSVE foi mensurada pelo Doppler pulsado antes da válvula aórtica na janela apical cinco câmaras e subxifóide. O SV foi resultado do produto das medidas do VTI da VSVE e área transversa da VSVE. O débito cardíaco foi estimado pelo produto do SV e frequência cardíaca. VTI, SV e DC foram comparáveis entre os dois grupos e mostrou uma diferença estatística significativa (P <0,05). O DC médio na janela apical 5C foi de 2,22±1,29 L/min, enquanto o obtido pela janela subxifóide foi de 2,60±1,49 L/min. O SV médio encontrado na janela apical 5C foi de 19,56±12,27 mL, enquanto o obtido na janela subxifóide foi de 22,82±14,21 mL. O VTI médio encontrado na apical 5C foi de 13,97±2,78 cm, enquanto na subxifóide foi de 16,34±3,30 cm. O reconhecimento dessas variabilidades e diferenças metodológicas de aquisições de dados são necessários para o entendimento, classificação e terapia ou auxílio terapêutico mais eficazes no âmbito clínico.-----------ABSTRACT: Measurement of left ventricular outflow tract (LVOT) flow is one of the parameters acquired in a routine echocardiographic examination. Through it, it is possible to acquire other important parameters for the clinical evaluation of the patient, such as systolic volume and cardiac output. However, the study of the variability of LVOT hemodynamic values and its variables related to the transthoracic echocardiographic acquisition methods are still not well established in veterinary medicine. The objective of this work was to perform an echocardiographic study to compare the velocity-time integral (VTI), stroke volume (SV) and cardiac output (CO), derived from the apical five-chamber and subxiphoid windows in healthy canines. In the study, 10 physically restrained, non-sedated, clinically healthy dogs were examined. After the complete echocardiographic examination, the left ventricular outflow tract (LVLVD) internal diameter was measured in the parasternal window on the long axis at the level of the aortic valve annulus during systole. The LVOT cross-sectional area was calculated using the formula πr 2. The LVOT IVT was measured by pulsed Doppler before the aortic valve in the five-chamber apical and subxiphoid window. The VS was the result of the product of the measurements of the VTI of the LVOT and the cross-sectional area of the LVOT. Cardiac output was estimated by the product of SV and heart rate. VTI, SV and DC were comparable between the two groups and showed a statistically significant difference (P < 0.05). The mean CO in the 5C apical window was 2.22±1.29 L/min, while that obtained through the subxiphoid window was 2.60±1.49 L/min. The mean SV found in the 5C apical window was 19.56±12.27 mL, while that obtained in the subxiphoid window was 22.82±14.21 mL. The mean VTI found in the 5C apical was 13.97±2.78 cm, while in the subxiphoid it was 16.34±3.30 cm. Recognition of these variability and methodological differences in data acquisitions is necessary for understanding, classifying and more effective therapy or therapeutic aid in the clinical setting.