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RESUMO: INTRODUÇÃO: Estudos tem demonstrado que o aumento da prevalência de síndrome
metabólica em populações cada vez mais jovens, esteja associado as mudanças nos hábitos
alimentares. Portanto, este estudo analisou a associação entre os componentes da síndrome
metabólica e o consumo alimentar em escolares; sendo possível a identificação e a
compreensão das relações entre as escolhas alimentares e o estado de saúde desses indivíduos.
MÉTODOS: Estudo de abordagem quantitativa, transversal e analítico, conduzido com 84
crianças e adolescentes de 9 e 14 anos de idade, de escolas públicas municipais da cidade de
Picos-PI. Os escolares preencheram um instrumento contendo dados de identificação e
socioeconômicos, foram realizadas medidas de peso, altura, índice de massa corporal e
circunferência da cintura. A ingestão de calorias, macronutrientes e micronutrientes foi
determinada a partir do questionário de frequência de consumo alimentar e calculada pelo
software DietSys versão 4.01. A adequação dos macronutrientes foi avaliada utilizando-se a
faixa de distribuição aceitável pela Acceptable Macronutrient Distribution Range (AMDR) e,
para os micronutrientes, utilizou-se os valores propostos pelas Dietary Reference Intakes
(DRIs). As coletas sanguíneas foram realizadas por um laboratório especializado, respeitando
o jejum de 12 horas. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS for Windows
18.0. RESULTADOS: Observou-se a prevalência de SM de 8%, sendo (5% e 3%), sexo
feminino e masculino. Quanto aos marcadores de risco observados, as crianças e adolescentes
com síndrome metabólica apresentaram maior circunferência abdominal; maior pressão
arterial sistólica média; e menores níveis de HDL- c, mostrando diferença significativa
(p<0,05). Valores de IMC superior a 23,3 kg/ m² foi fator preditor para a síndrome metabólica
(p<0,05). A concentração de carboidratos consumidos foi significativamente maior nos
indivíduos do sexo feminino (354,02 g/dia) do que no sexo masculino (301,61 g/dia)
(p<0,05). Quando se investigou a existência de associação entre a classificação de consumo
de macronutrientes e a presença de Síndrome Metabólica, verificou-se que não houve
associação (p>0,05). No consumo de micronutrientes segundo a EAR, RDA e UL, por sexo,
não houve diferença estatística (p>0,05). Não houve correlação entre os componentes da
síndrome metabólica com o consumo alimentar (p>0,05). No entanto, houve correlação
positiva significativa entre a circunferência abdominal (CA) com a PAS (r = 0,309; p < 0,01)
e TG (r = 0,370; p < 0,01). CONCLUSÕES: Encontrou-se uma prevalência de Síndrome
Metabólica de 8%, sendo a circunferência abdominal; pressão arterial sistólica média; e
menores níveis de HDL- c, os fatores de riscos mais prevalentes para o diagnóstico da
síndrome. O consumo energético se mostrou elevado em ambos os sexos, sendo consumo de
carboidrato maior pelo sexo feminino e um consumo inadequado de cálcio e vitamina A em
toda a amostra. Não verificou-se associação significativa entre os componentes da síndrome e
o consumo alimentar. ABSTRACT: INTRODUCTION: Studies have shown that the increased prevalence of metabolic
syndrome in increasingly younger population is associated with changes in eating habits.
Therefore, this study examined the association between metabolic syndrome components and
food consumption in schools; it is possible the identification and understanding of the
relationship between food choices and health status of these individuals. METHODS: a
quantitative, transversal and analytical approach, conducted with 84 children and adolescents
aged 9 to 14 years old, from public schools in the city of Picos-PI. The students completed a
questionnaire comprising identification data and socioeconomic, weight were measured,
height, body mass index and waist circumference. The intake of calories, macronutrients and
micronutrients was determined from the survey of food consumption frequency and calculated
at 4.01 DietSys software. The suitability of macronutrients was assessed using the distribution
range acceptable to the Acceptable macronutrient Distribution Range (AMDR) and for
micronutrients; the Dietary Reference Intakes (DRIs) used the values proposed. Blood
samples were taken by a specialized laboratory, respecting the fasting for 12 hours. The data
were analyzed with SPSS for Windows 18.0. RESULTS: The prevalence of MS 8%, and (5%
and 3%), female and male. Regarding risk markers observed, children and adolescents with
metabolic syndrome had higher waist circumference; higher mean systolic blood pressure;
and lower HDL-C, showing a significant difference (p <0.05). BMI greater than 23.3 kg / m²
was a predictive factor for metabolic syndrome (p <0.05). The concentration of carbohydrates
consumed was significantly higher in females (354.02 g / day) than in males (301.61 g / day)
(p <0.05). When it investigated the possible association between macronutrient consumption
rating and the presence of metabolic syndrome, we found no association (p> 0.05). The
consumption of micronutrients according to the EAR, RDA and UL by sex, there was no
statistical difference (p> 0.05). There was no correlation between the components of the
metabolic syndrome with food consumption (p> 0.05). However, there was a significant
positive correlation between the abdominal circumference (AC) and SBP (r = 0.309, p <0.01)
and TG levels (r = 0.370, p <0.01). CONCLUSIONS: We found a prevalence of metabolic
syndrome than 8% and waist circumference; mean systolic blood pressure; and lower levels of
HDL-c, the most prevalent risk factors for diagnosis of the syndrome. The energy
consumption showed high in both sexes, with consumption of carbohydrate greater for
females and an inadequate intake of calcium and vitamin A in the entire sample. It not found a
significant association between the components of the syndrome and food consumption. |
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