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RESUMO:O mapeamento da fragilidade ambiental tem sido indicado como instrumento para
estudos de cunho socioambiental na ciência geográfica, permitindo, assim, identificar
áreas de estabilidade e instabilidade no ambiente. Neste sentido, esta pesquisa
objetivou analisar a fragilidade ambiental na bacia hidrográfica do Rio Mulato, estado
do Piauí, na perspectiva do planejamento ambiental. O estudo encontra-se
fundamentado em conceitos que norteiam a ciência geográfica a partir do viés
sistêmico, possibilitando o estudo ambiental integrado e a compreensão da relação
existente entre natureza e sociedade. A metodologia da fragilidade ambiental proposta
por Ross (1994), considerada nesta pesquisa, fundamenta-se no princípio de que a
natureza apresenta funcionalidade intrínseca entre seus componentes físicos e
bióticos. Este princípio baseia-se nos preceitos da Unidade Ecodinâmica, ao
determinar as condições de estabilidade e instabilidade do ambiente, a partir do
dinamismo configurado na paisagem. Diante dos diferentes estados de
estabilidade/instabilidade, hierarquizou-se a fragilidade ambiental em: Muito Baixa (1),
Baixa (2), Média (3), Alta (4) e Muito Alta (5), considerando a análise integrada dos
seguintes elementos: geomorfologia, com base na declividade, tipo de solo, uso da
terra e cobertura vegetal. As informações de geologia e clima também foram
analisadas em conjunto com as demais variáveis, com a finalidade de dar maior
precisão aos resultados. Os indicadores socioeconômicos relacionados à produção
agrícola apontam um crescimento econômico, particularmente nos municípios que
estão inseridos na área de estudo. Os resultados retratam que as classes de
fragilidade potencial muito baixa e baixa representam 54,9% da área total da bacia,
enquanto as classes alta e muito alta representam 26,35%. A classe média ocupa
18,75%. Para as classes de fragilidade emergente predominou a classe média, com
44,62% da área total da bacia, sendo que as classes baixa e muito baixa e as classes
alta e muito alta, totalizaram respectivamente 36,71% e 18,67%. Atenta-se para o fato
de que a declividade apresenta grande influência na determinação das áreas mais
e/ou menos frágeis. No entanto, esta variável associada ao uso e cobertura da terra,
explica a correlação entre as classes de menor e maior fragilidade ambiental, frente
aos usos estabelecidos pela ação antrópica. A análise da fragilidade ambiental
representa um importante instrumento de planejamento ambiental, pois identifica
áreas prioritárias para o manejo conservacionista. Cabe salientar que esse trabalho
pode servir de subsídio aos estudos futuros, visando elaborar diretrizes para o
ordenamento territorial na área da bacia hidrográfica do Rio Mulato (PI).
ABSTRACT:The mapping of environmental fragility has been indicated as an instrument for
socioenvironmental studies in geographic science, thus allowing the identification of
areas of stability and instability in the environment. In this sense, this research aimed
to analyze the environmental fragility in the Mulato River hydrographic basin, Piaui
state, from the perspective of environmental planning. The study is based on concepts
that guide geographic science from the systemic bias, enabling the integrated
environmental study and the understanding of the relationship between nature and
society. The methodology of the environmental fragility proposed by Ross (1994),
considered in this research, is based on the principle that nature presents intrinsic
functionality between its physicals and biotic component. This principle is based on the
precepts of the Ecodynamic Unit, when determining the conditions of stability and
instability of the environment, from the dynamism configured in the landscape. In view
of the different states of stability / instability, the environmental fragility was ranked in
Very Low (1), Low (2), Medium (3), High (4) and Very High (5), considering the
integrated analysis of the following elements: geomorphology, based on slope, soil
type, land use and vegetation cover. The geology and climate information were also
analyzed together with the other variables, in order to give greater precision to the
results. Socioeconomic indicators related to agricultural production point to economic
growth, particularly in the municipalities that are included in the study area. The results
show that the classes of very low and low potential fragility represent 54.9% of the total
area of the basin, while the high and very high classes represent 26.35%. The middle
class occupies 18.75%. For the emerging fragility classes, the middle class prevailed,
with 44.62% of the total area of the basin, with the low and very low classes and the
high and very high classes, totaling 36.71% and 18.67%, respectively. It is observed
to the fact that the declivity has great influence in the determination of the more and /
or less fragile areas. However, this variable associated to land use and land cover,
explains the correlation between the classes of lower and greater environmental
fragility, compared to the uses established by anthropic action. The analysis of the
environmental fragility represents an important instrument of environmental planning,
since it identifies priority areas for the conservationist management. It this should be
pointed out that this work can serve as a subsidy for future studies, aiming to elaborate
guidelines for territorial planning in the area of the Mulato River hydrographic basin,
Piaui state. |
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