Abstract:
RESUMO:INTRODUÇÃO: A obesidade é predominante nos indivíduos ao longo da vida e isso
enfatiza o interesse de investigação desta condição na qualidade de vida. Desse
modo, o estudo teve como objetivo avaliar o estado nutricional e a qualidade de vida
de pacientes atendidos no ambulatório de um hospital universitário na cidade de
Teresina – PI. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal do tipo
descritivo, com abordagem quantitativa, realizado com 229 pacientes entre maio a
julho de 2018. A coleta dos dados foi realizada por meio de antropometria e
aplicação de instrumentos para obtenção de dados sociodemográficos, estilo de vida
e qualidade de vida (SF-36). Para análise dos dados, foi realizada estatística
descritiva das variáveis. Para verificação de diferença entre níveis de uma mesma
variável em cada domínio, foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, ou o teste de
Wilcoxon para duas amostras independentes. Os casos em que o teste KruskalWallis acusou diferença utilizou-se o teste de Dunn-Bonferroni para comparação
múltipla. O projeto foi aprovado no CEP-UFPI sob o numero de parecer de
aprovação 2.654.138. RESULTADOS: Os resultados apontaram média de idade de
40,7 anos, 65,5% eram do sexo feminino, 55,6% de cor parda, 40,61% eram
analfabetos ou possuíam apenas o ensino fundamental, 49,34% ganhavam menos
que um salário mínimo, 49,78% casados e 80,79%, era residente em áreas urbanas.
Os dados sobre estilo de vida mostraram-se positivos para as variáveis, hábitos de
fumar e uso de bebidas alcoólicas. Por outro lado, 69% dos pacientes não
praticavam nenhum tipo de atividade física e 65,07% referiram uso de medicação.
Quanto ao estado nutricional, houve predominância de sobrepeso (35.37%) e
obesidade (25.76%). Em referência à qualidade de vida, metade dos domínios
pesquisados apresentaram valores médios acima de 60, demonstrando uma
percepção favorável de qualidade de vida. Relacionando os domínios do instrumento
de qualidade de vida SF-36 com as variáveis estudadas, observou-se diferença
significativa entre os sexos masculino e feminino em relação ao domínio capacidade
funcional (p=0,023). A escolaridade apresentou diferença entre os domínios
capacidade funcional (p=0,019) e aspectos físicos (p=0,007) entre os que possuíam
ensino fundamental incompleto com aqueles com ensino médio completo. A renda
apresentou diferença entre os domínios capacidade funcional (p<0,001) entre os que
recebiam menos que um salário daqueles que recebiam de 2 a 4 ou mais de 5
salários e aspectos físicos (p=0,005) entre os que recebiam menos de um salário
para aqueles que recebiam de 2 a 4 salários.Com relação à situação do estado civil,
observou-se diferença entre limitação emocional (p=0,022) entre Casado/União
Estável e Viúvos. Para as variáveis estilo de vida houve diferença significativa (valor
de p<0,05) entre 7 dos 8 domínios do SF-36 para a prática de atividade física.
Enquanto que o uso de medicamentos apresentou apenas para os domínios
capacidade funcional, aspectos físicos e estado geral de saúde. No que concerne à
influência do estado nutricional na qualidade de vida, diferença estatística foi
observada apenas para o domínio emocional (p=0,04) entre os indivíduos obesos e
desnutridos. CONCLUSÃO: Os achados deste estudo mostram que grande parte
dos entrevistados apresentam estado nutricional inadequado e que a percepção da
qualidade de vida de forma geral apresenta-se positiva.
ABSTRACT:NTRODUCTION: Obesity is lifelong prevalent in individuals and this emphasizes the
research interest on the impact of this condition in the quality of life. Thus, the study
aimed to evaluate the nutritional status and quality of life of patients attending the
outpatient clinic of a university hospital in the city of Teresina - PI. METHODS: This is
a descriptive cross-sectional study with a quantitative approach, performed with 229
patients between May and July of 2018. Data were collected through anthropometry
and instruments to obtain sociodemographic data, lifestyle and quality of life (SF-36).
For data analysis, descriptive statistics of the variables were performed. To verify the
difference between levels on the same variable in each domain, Kruskal-Wallis test
was used, or Wilcoxon test for two independent samples. In cases that Kruskal-Wallis
test showed a difference, the Dunn-Bonferroni test was used for multiple comparison.
The project was approved at CEP-UFPI under approval number 2,654,138.
RESULTS: The results showed a mean age of 40.7 years, 65.5% were female,
55.6% brown, 40.61% were illiterate or had only elementary school, 49.34% earned
less than one minimum wage, 49.78% married and 80.79%, was a resident of urban
areas. Lifestyle data were positive for variables, smoking habits, and ingestion of
alcoholic beverages. On the other hand, 69% of the patients did not practice any type
of physical activity and 65.07% reported medication use. Regarding nutritional status,
there was a predominance of overweight (35.37%) and obesity (25.76%). Regarding
quality of life, half of the domains surveyed had mean values above 60,
demonstrating a favorable perception of quality of life. Comparing SF-36 domains’
quality of life instrument with studied variables, a significant difference was observed
between male and female in relation to the functional capacity domain (p = 0.023).
Schooling had a difference between the functional capacity domains (p = 0.019) and
physical aspects (p = 0.007) among those who had incomplete elementary school
with those with complete secondary education. The income presented a difference
between the functional capacity domains (p <0.001) among those receiving less than
a salary from those who received from 2 to 4 or more than 5 salaries and, physical
aspects (p = 0.005) among those receiving less than one salary for those who
received from 2 to 4 salaries. Regarding the marital status, there was a difference
between emotional limitation (p = 0.022) and Married / Stable Union and Widowers.
For the lifestyle variables, there was a significant difference (p value <0.05) among 7
of the 8 SF-36 domains for the practice of physical activity. While the use of drugs
presented only for the functional domain’s capacity, physical aspects and general
state of health. Regarding the influence of nutritional status on quality of life,
statistical difference was observed only for the emotional domain (p = 0.04) among
obese and malnourished individuals. CONCLUSIONS: The findings of this study
show that most interviewees had inappropriate nutritional status and a positive of
quality of life.