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RESUMO:O presente estudo tem o objetivo de analisar a participação dos conselheiros do segmento de
usuários do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), no Conselho Municipal de
Assistência Social de Teresina – CMAS/TE, na perspectiva da paridade. No fito de subsidiar
o referido estudo foram privilegiadas algumas categorias de análise, como: Estado e
sociedade, participação, controle social, Assistência Social e usuários do SUAS. Desta
maneira, o debate foi aprofundado a partir das seguintes questões norteadoras: Como os
conselhos, enquanto espaços institucionalizados de participação social, no exercício do
controle social no SUAS, se configuram no processo de democratização da política pública de
Assistência Social? Quais concepções de controle social norteiam as práticas vigentes no
âmbito do Conselho Municipal de Assistência Social de Teresina? O CMAS/TE, como
mecanismo viabilizador de uma gestão democrática no âmbito do SUAS, contribui, de forma
efetiva, para a atuação dos usuários no exercício do controle social, na perspectiva de uma
participação cidadã? Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com participação de sujeitos
sociais, mas pautada também numa investigação documental com abordagem quantitativa.
Para tanto, utiliza-se de técnicas, como entrevista semiestruturada e análise de documentos
que regulamentam essa instância de controle social no âmbito do SUAS em Teresina. O
universo da pesquisa é constituído por 05 (cinco) sujeitos, conselheiros membros do
CMAS/TE, escolhidos de forma intencional no tocante à gestão de que fizeram parte, o que
demarca temporalmente o período de 2013 a 2018 para esta pesquisa. Pôde-se constatar, com
a presente investigação, que a presença dos usuários no CMAS/TE constitui um significativo
avanço, com a possibilidade de envolvimento desses sujeitos sociais na cena de debates das
decisões. No entanto, o presente estudo apresenta uma realidade contraditória na prática
conselhista no SUAS. Ao tempo em que a perspectiva de uma gestão democrática produziu
avanços no que tange ao controle social em Teresina com a inserção dos sujeitos usuários,
observa-se uma participação desses sujeitos sociais nos limites do espaço do CMAS/TE,
como cumprimento numérico da paridade entre sociedade civil e poder público. A análise
aqui realizada identificou que tais sujeitos não exercem o poder de fala no campo das
decisões, limitando-se a uma participação simbólica e não organizada, sendo os usuários
representados no CMAS/TE sujeitos desprovidos de caráter classista e assim sem o exercício
de uma participação cidadã na defesa de um projeto societário, reflexo da nossa formação
sócio-histórica.
ABSTRACT:The present study has the objective of analyzing the participation of the counselors, from the
segment of users of the Unified Social Assistance System (SUAS), in the Municipal Council
of Social Assistance of Teresina - CMAS / TE, in the perspective of parity. In order to
subsidize this study, certain categories of analysis were favored, such as: State and society,
social participation, social control and SUAS users. With a view to deepening the subject of
social control in SUAS, we raise some questions that guide the research: How do councils as
institutionalized spaces of social participation in the exercise of social control in SUAS are
configured in the process of democratization of Public Policy of Social Assistance? What
conceptions of social control guide the practices in force within the Teresina municipal
council? Does CMAS / TE, as a mechanism for democratic management within the scope of
SUAS, contribute effectively to the performance of users in the exercise of social control,
with a view to citizen participation? It is a research centered on a qualitative perspective, with
the participation of social subjects, but also based on a documental research with a
quantitative approach. For this, techniques such as semi-structured interview and document
analysis that regulate this instance of social control within the scope of SUAS in Teresina are
used. The research universe is made up of 05 (five) subjects, CMAS / TE members, who are
intentionally chosen for the management they were part of, which temporarily demarcates the
period from 2013 to 2018 for this research. It can be verified with the present investigation
that the presence of the users in CMAS / TE constitutes a significant advance, among the
criteria of compliance of parity between public power and civil society, with the possibility of
involving these social subjects in the scene of decision debates. However, despite the SUAS
construction trajectory that was designed based on the perspective of a democratic
management, it is observed a fragile participation of these subjects in what concerns their
effective performance, since the analysis performed here identified that these subjects do not
exercise the power of speech in the field of decisions, limiting itself to a symbolic and
unorganized participation. |
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