Abstract:
RESUMO:Introdução: O Brasil tem apresentado modificações no seu perfil epidemiológico durante os últimas décadas, prevalecendo doenças crônicas, principalmente a Hipertensão Arterial. Esta doença vem apresentando o dobro do percentual em crianças e adolescentes nos últimos anos, e acredita-se que esse valor esteja associado ao perfil nutricional e histórico familiar. Objetivos: Avaliar a pressão arterial sistêmica em crianças de 3-10 anos na Atenção Básica, Teresina – PI. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido nas Unidades Básicas de Saúde com apoio do Núcleo de Apoio de Saúde à Família, com 99 crianças, na faixa etária de 3 a 10 anos. Foi aplicado formulário que contemplou aspectos sociodemográficos e econômicas; para avaliação da alimentação foi utilizado um questionário com base no Formulário de Marcadores de Consumo Alimentar do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, e uma ficha que foi preenchido com os dados antropométricos e Pressão Arterial da criança. Para análise dos dados, utilizou-se o software Statistical Package for the Social Science, versão 20.0. Resultados: A maioria das crianças nasceram em Teresina/PI (91,9%), são do sexo feminino (68,7%), frequentavam a escola da rede pública de ensino (87,9%); com idades em média de 5,75 (dp ± 2,10). Dos responsáveis a maioria possuíam o ensino médio (63,6%), exerciam alguma profissão (88,9%), com renda familiar entre 1 e 2 salários mínimos (31,3%) e com mais de uma fonte de renda (60,6%). Quanto ao histórico familiar 74,7% das crianças possuem algum parente hipertenso. Em relação a frequência com a qual as crianças vão aos serviços de saúde, 67,7% vão 1 vez a cada 6 meses, 91,9% não possuíam doenças de qualquer tipo. Quanto ao conhecimento sobre a temática, 66,7% dos responsáveis relatou que já conheciam, porém apenas 12,1% afirmaram que a abordagem do assunto sobre hipertensão arterial em crianças foi realizada por algum profissional de saúde. Quanto as questões perinatais, 9,1% nasceram prematuros. 53,1% das crianças tiveram aleitamento materno exclusivo. Em relação aos alimentos consumido predominou bebidas adoçadas com 81,8%, petiscos de pacote ou biscoitos salgados com 57,6%e biscoito recheado, doces ou guloseimas com 49,5%. O Índice de Massa Córporea na maioria, 78,7% foi eutrófico, já a taxa de sedentarismo foi alta com 62,6%. Não houveram associação estatisticamente significantes, porém a prevalência de PA elevada foi alta com 53,5%. Conclusão: Obteve-se um alto percentual de crianças apresentando pressão elevada e percebemos ao decorrer do trabalho realizado lacunas na consulta dessas crianças. À despeito das limitações e dificuldades, observa-se a necessidade de alerta e capacitação dos profissionais da atenção primária para a implementação de um serviço amplo com potencial de identificar crianças propensas a condição clínica aqui abordada, e também direcionar planejamentos e intervenções dirigidas à família.
ABSTRACT:Introduction: Brazil has presented changes in its epidemiological profile during the last decades, prevailing chronic diseases, mainly Arterial Hypertension. This disease has been double the percentage in children and adolescents in recent years, and it is believed that this value is associated with the nutritional profile and family history. Objectives: To evaluate systemic blood pressure in children aged 3-10 years in primary health, Teresina - PI. Methodology: This is a cross-sectional study, developed at the Basic Health Units with support from the Family Health Support Nucleus, with 99 children aged 3 to 10 years. A form was applied that contemplated sociodemographic and economic aspects; for food evaluation a questionnaire was used based on the Food Consumption Markers Form of the Food and Nutrition Surveillance System, and a record that was filled with the anthropometric data and the child's Blood Pressure. Statistical Package for Social Science (SPSS), version 20.0 was used to analyze the data. Results: The majority of the children were born in Teresina / PI (91.9%), are female (68.7%), attended the public school system (87.9%); with an average age of 5.75 (dp ± 2.10). The majority of the persons in charge had a high school education (63.6%), some profession (88.9%), family income between 1 and 2 minimum wages (31.3%) and more than one source of income (60 , 6%). As for the family history 74.7% of the children have some hypertensive relative. In relation to the frequency with which children go to health services, 67.7% go 1 time every 6 months, 91.9% do not have diseases of any kind. Regarding the knowledge about the subject, 66.7% of those in charge reported that they already knew, but only 12.1% stated that the subject approach on hypertension in children was performed by some health professional. Regarding the perinatal issues, 9.1% were born premature. 53.1% of the children had exclusive breastfeeding. In relation to foods consumed, sweetened beverages with 81.8%, package snacks or savory biscuits with 57.6% and filled biscuit, sweets or sweets with 49.5% predominated. The BMI in the majority, 78.7% was eutrophic, already the rate of sedentarism was high with 62,6%. There was no statistically significant association, but the prevalence of high BP was high with 53.5%. Conclusion: In the Basic Health Unit, the consultation is carried out by a team formed to provide a holistic response to their patients, but we noticed that during the course of the study there were some gaps in the evaluation, such as the children's blood pressure, which showed a high prevalence of levels pressure. Despite the limitations and difficulties, it is necessary to alert and train primary care professionals to implement a comprehensive service with the potential to identify children prone to the clinical condition discussed here, as well as to direct planning and interventions directed at the family.