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RESUMO:A questão do consumo nocivo de substâncias psicoativas, desde o ano 2000, passa a ser reconhecida como problema social de saúde pública que requer uma atenção especial pelas políticas públicas, especificamente a de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, sob a égide da redução de danos. Essa política é oficializada como inerente à rede de assistência aos sujeitos com transtornos mentais acometidos pelo uso nocivo/arriscado de substâncias psicoativas tendo como marco significativo o movimento de reforma psiquiátrica. Nesse contexto, a família é situada como partícipe dos serviços de saúde mental, protagonistas e parceiras na produção do cuidado a pessoa com transtorno mental, bem como sujeitos que precisam de cuidado diante da trajetória intensa que enfrentam. Dessa forma, o presente trabalho objetivou analisar as repercussões sociais para os familiares das necessidades circunscritas à proteção social de gestantes ou puérperas que consomem substâncias psicoativas, atendidas pela Maternidade Dona Evangelina Rosa – MDER em Teresina-Piauí, no ano 2018. A pesquisa, de natureza qualitativa, tem como cenário a Maternidade Dona Evangelina Rosa em Teresina, Estado do Piauí e como participantes; profissionais desse serviço, usuárias e familiares que acompanhavam a internação dessas usuárias que fazem uso nocivo/ arriscado de SPA, totalizando 14 participantes. Os instrumentos privilegiados para a obtenção das informações foram a entrevista semiestruturada, o questionário e a observação participante. Os resultados obtidos apontam que a naturalização da proteção social no âmbito familiar é marcante, sendo esta instituição responsabilizada pelos cuidados da gestante ou puérpera com seu recém-nascido, Tal fato precisa ser problematizado, tendo em vista que a família tem sido afetada com o desinvestimento social, com as mudanças sociodemográficas e do modelo assistencial, com expressivas sobrecargas objetivas e subjetivas advindas das “novas”/recomposição de velhas formas de produzir cuidado. Além de necessitarem uma total reorganização de vida para conseguirem dispor esses cuidados.
ABSTRACT:Since the year 2000, the problem of harmful use of psychoactive substances has become recognized as a social public health problem that requires special attention for public policies, specifically Mental Health, Alcohol and Other Drugs, under the aegis of reducing damage. This policy is made official as an integral part of the care network for people with mental disorders affected by the harmful / risky use of psychoactive substances, with a significant mark of the psychiatric reform movement. In this context, the family is placed as a participant in mental health services, protagonists and partners in the production of care for the person with mental disorder, as well as subjects who need care in the face of the intense trajectory they face. Thus, the present study aimed to analyze the social repercussions for the relatives of the needs limited to the social protection of pregnant or puerperal women who consume psychoactive substances, attended by Maternity Dona Evangelina Rosa - MDER in Teresina-Piauí, in the year 2018. qualitative nature, is based on the Maternity Dona Evangelina Rosa in Teresina, State of Piauí and as participants; professionals of this service, users and family that accompanied the hospitalization of those users who use harmful / risky SPA, totaling 14 participants. The privileged instruments for obtaining the information were the semistructured interview, the questionnaire and the participant observation. The results obtained indicate that the naturalization of social protection in the family context is remarkable, being this institution responsible for the care of the pregnant woman or puerperal with her newborn. This fact needs to be problematized, considering that the family has been affected by the divestment with social and demographic changes and the assistance model, with expressive objective and subjective overloads from the "new" / recomposition of old ways of producing care. In addition to needing a total reorganization of life to be able to dispose of this care. . |
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