Abstract:
RESUMO:Este trabalho tem como objetivo principal analisar a crítica de Richard Rorty à filosofia representacionista, esclarecer os conceitos de representacionismo epistemológico e, apresentar a resposta de Rorty ao representacionismo. Rorty se opõe as ideias tradicionais em filosofia, oriundas de uma tradição mentalista, descritas por meio dos conceitos de “essência”, “natureza” e “fundamento”. Ao contrário desse vocabulário, ele apresenta a ideia de antirrepresentacionismo, etnocentrismo e liberalismo. Nesse sentido, o projeto tomará por base a obra clássica de Rorty: A filosofia e o espelho da natureza (1979), bem como a obra Objetivismo, relativismo e verdade (1997). Rorty acredita que não existe uma representação da mente e da linguagem que seja exata ou que possa formular uma verdade objetiva. A crítica rortyana se estabeleceu a partir de uma concepção de conhecimento como “representação acurada” da realidade, uma concepção de conhecimento que, conforme a interpretação rortyana, pressupõe supostamente que a “mente” e a “linguagem” desempenham um papel principal na construção de “representações” necessárias à compreensão da realidade, uma vez que “conhecer é representar, acuradamente, o que está fora da mente, assim, compreender a possibilidade da natureza do conhecimento é compreender o modo pelo qual a mente é capaz de construir representações”. Para Rorty, ao contrário dessa explicação, conhecer é tomar consciência das diversas descrições e vocabulários disponíveis ao sujeito num processo interacionista constante. Diante dessa negativa, Rorty se propõe a redescrever a epistemologia clássica, amparando-se em filósofos que foram denominados de edificantes e terapêuticos. Esta investigação se fundamentará em uma pesquisa bibliográfica que tratará o texto filosófico como uma peça argumentativa, de maneira que possa revelar, em linhas gerais, as seguintes condições: o autor investigado, o contexto ou circunstâncias históricas determinantes do seu projeto, a relação que este provocou na comunidade filosófica, o contexto em relação ao seu conteúdo e a problemática de investigação, ou seja, o ponto de partida do autor e, por último, à solução proposta.
ABSTRACT:This paper aims to analyze Richard Rorty’s critique of representationalist philosophy, clarify the concepts of epistemological representationism, and present Rorty’s response to representationalism. Rorty opposes traditional ideas in philosophy, derived from a mentalist tradition, described through the concepts of “essence”, “nature”, and “foundation”. Unlike this vocabulary, he presents the idea of antirepresentationism, ethnocentrism and liberalism. In this sense, the project will be based on Rorty’s classic work: Philosophy and the Mirror of Nature (1979), as well as the work Objectivism, relativism and truth (1997). Rorty believes that there is no representation of mind and language that is accurate or can formulate an objective truth. Rortyana critique has established itself from a conception of knowledge as “accurate representation” of reality, a conception of knowledge which, according to the Rortyan interpretation, supposedly presupposes that “mind” and “language” play a major role in the construction of “Representations” necessary to the understanding of reality, since “to know is to accurately represent what is outside the mind, so to understand the possibility of the nature of knowledge is to understand the way in which the mind is capable of constructing representations.” For Rorty, contrary to this explanation, knowing is to become aware of the various descriptions and vocabularies available to the subject in a constant interactionist process. Faced with this negative, Rorty proposes to redraw the classical epistemology, relying on philosophers who have been called uplifting and therapeutic. This research will be based on a bibliographical research that will treat the philosophical text as an argumentative piece, in a way that can reveal, in general lines, the following conditions: the author investigated, the context or historical circumstances determinant of its project, the relation that this provoked in the philosophical community the context in relation to its content and the research problem, that is, the starting point of the author and, finally, the proposed solution.