Abstract:
RESUMO;Esta dissertação insere-se no quadro da Teoria das Operações Predicativas e Enunciativas de Antoine Culioli (1990, 1999a, 1999b), mais especificamente, em uma linha de investigação construtivista desenvolvida por Franckel, Paillard e Vogüé (2011). Ao considerarmos o fato de que estamos trabalhando com duas unidades categorizadas pelo viés estruturalista como opostas, nos encontramos diante de uma problemática que consiste na estabilidade fixa atribuída às relações de opositividade entre novo/velho. Partindo disso, nos questionamos: encontraremos uma relação de oposição entre as unidades lexicais novo e velho quando nos propomos a observar a construção de sentidos em uma situação enunciativa singular? Quais aspectos distanciam ou aproximam as unidades lexicais novo e velho da construção de uma relação de oposição? Essas questões nortearam nossa pesquisa e, assim, temos como objetivo geral demostrar que não existe uma opositividade fixa entre as unidades lexicais novo e velho. A constituição do corpus se deu com as ocorrências de novo coletadas do meio eletrônico denominado Corpus do Português e de demais páginas da web. Temos com suporte teórico- metodológico a TOPE, por essa razão nossa metodologia de análise se baseia na atividade de manipulação e reformulação de enunciados, ou seja, a prática de elaboração de glosas. Os resultados evidenciam que não há uma opositividade fixa entre novo e velho. Quando constatamos a ocorrência de uma relação de oposição verificamos que o que se opõem não é uma unidade em relação à outra unidade, isto é, novo e velho não se opõem enquanto unidades, mas os valores construídos e estabilizados temporariamente podem favorecem a construção de uma relação de oposição.
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ABSTRACT:Cette thèse fait partie de la Théorie des Opérations Prédictives et Énonciatives d'Antoine Culioli (1990, 1999a, 1999b), plus spécifiquement dans une ligne de recherche constructiviste développée par Franckel, Paillard et Vogué (2011). Lorsque nous considérons le fait que nous travaillons avec deux unités catégorisées par le biais structuraliste comme opposées, nous sommes confrontés à un problème qui consiste en la stabilité fixe attribuée aux relations d’opposition entre le nouveau et l’ancien. À partir de là, nous nous demandons: trouverons-nous l’opposition entre les nouvelles et les anciennes unités lexicales lorsque nous nous proposons d’observer la construction de significations dans une situation énonciative singulière? Quels aspects éloignent ou rapprochent les anciennes et les nouvelles unités lexicales de la construction d’une relation d’opposition? Ces questions ont guidé nos recherches et nous avons donc pour objectif général de démontrer qu’il n’ya pas d’opposition fixe entre les nouvelles et les anciennes unités lexicales. La constitution du corpus s’est produite avec les occurrences à nouveau recueillies à partir du support électronique appelé Corpus do Português et d’autres pages sur Web. Nous avons un support théorique et méthodologique à la TOPE, et pour ce motif notre méthodologie d'analyse est basée sur l'activité de manipulation et de reformulation d'énoncés, c'est-à-dire la pratique de l'écriture de gloses. Les résultats montrent qu'il n'y a pas d'opposition fixe entre le nouveau et l'ancien. Lorsque nous observons la présence d’une relation d’opposition, nous constatons que ce qu’ils opposent n’est pas une unité par rapport à l’autre unité, c’est-à-dire que les nouveaux et les anciens ne s’opposent pas en tant qu'unités, mais que les valeurs construites et stabilisées temporairement peuvent favoriser la relation d'opposition.