Abstract:
RESUMO:A Cooperação Sul-Sul (CSS) está relacionada ao processo de mudança na economia mundial em que os países em desenvolvimento buscam promover o desenvolvimento passando a privilegiar o intercâmbio entre si. A presente pesquisa tem essa nova perspectiva de cooperação como temática. O objetivo deste trabalho é analisar, inserta nesse tema maior, a atuação do BNDES na integração regional sul-americana por meio da internacionalização de empresas brasileiras, bem como sua importância no aprofundamento da Cooperação Sul-Sul, posto que, a partir do início do século XXI, ocorreu o surgimento de novos polos que fazem frente à coalização existente entre as potências hegemônicas ocidentais. A questão é saber se, nessa conjuntura, o BNDES atendeu satisfatoriamente aos interesses de um projeto de integração regional na Cooperação Sul-Sul. O método usado para atingir tal objetivo é o qualitativo e partiu de fontes bibliográficas e documentais. Tal metodologia conduzirá ao processo de inferência, predominantemente descritiva, isto é, à hipótese levantada de que nos mandatos de Luís Inácio Lula da Silva (2003-2010) – a delimitação temporal – o governo ampliou uma política externa que privilegiou as relações com formações sociais de países latino-americanos e africanos (Cooperação Sul-Sul) e que o BNDES, parte significativa da política externa brasileira nesse período, atuou inserido em uma plataforma neodesenvolvimentista. Então, no governo Lula, a política externa segue os parâmetros do neodesenvolvimentismo, o que condicionou a política interna a mudanças estruturais, tornando o BNDES um importante ator na expansão internacional da economia.ABSTRACT:The South-South Cooperation is related to the process of change in the world economy in which developing countries seek to promote development, favoring exchange among themselves. This work will analyze the BNDES 'performance in South American regional integration through the internationalization of Brazilian companies, as well as its importance in deepening South-South Cooperation, since from the beginning of the XXI century the emergence of new poles that face the existing coalition between the western hegemonic powers. With the beginning of Lullism, Brazil assumed a multilateral position in its foreign policy, strengthening South-South Cooperation (SSC). The objective, therefore, is to validate the hypothesis that the BNDES, with its policy of financing the internationalization of Brazilian companies, inserted in a neodevelopment platform, is for Brazilian foreign policy an instrument of power from the global point of view.
