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RESUMO:INTRODUÇÂO: A infecção pelo vírus Chikungunya (CHIKV) tem se tornado um
importante problema de saúde pública nos países onde ocorrem as epidemias,
caracterizada clinicamente por febre e dor articular debilitante na fase aguda,
com metade dos casos evoluindo para cronificação da doença com dor
persistente e incapacitante. OBJETIVOS: Estabelecer o perfil clínicoepidemiológico dos pacientes com reumatismo crônico pós-Chikungunya
(CHIK) atendidos em um Hospital Universitário. METODOLOGIA: Estudo
transversal realizado no ambulatório de reumatologia do HU-UFPI entre janeiro
a julho de 2018 com pacientes com suspeita de reumatismo crônico pós-CHIK.
Os dados foram coletados através de um questionário e amostras de sangue
foram colhidas para a confirmação diagnóstica por sorologia ELISA e para a
dosagem de marcadores inflamatórios (VHS e PCR). Foram incluídos 24
pacientes que tiveram sorologia confirmada para CHIKV. RESULTADOS:
Dentre os pacientes com confirmação sorológica para CHIKV, observou-se
persistência de imunoglobulina de fase aguda (IgM). A maioria dos pacientes
foi do sexo feminino (83%), e a média da idade foi 56,2 ± 12, com prevalência
entre a faixa etária de 40 a 59 anos (54%). A maior parte eram pardos (83%),
com ensino fundamental incompleto (46%) e proveniente de Teresina (96%). O
tempo médio de evolução da artralgia crônica pós-CHIKV foi de 14,32 ± 6,5
meses, com média de intensidade da dor (EVA 0-10) de 6,5 ± 2,32, e a
articulação mais acometida foi o tornozelo, com pacientes apresentando
sobrepeso prevalentes. Marcadores inflamatórios, VHS e PCR, tiveram
mediana de 24 ± 22,75 e 3,26± 6,68, respectivamente. Foi verificada
associação estatisticamente significante entre VHS e PCR e intensidade da dor
(p= 0,005 e p=0,025), sendo que no sexo feminino tanto a intensidade da dor
(p= 0,009) como os valores dos marcadores inflamatórios estavam
aumentados, em relação ao sexo masculino. CONCLUSÃO: O reumatismo
crônico pós-CHIK nos pacientes atendidos no HU-UFPI é mais frequente em
mulheres, com faixa etária entre 40 a 59 anos, com intensidade de dor e
marcadores inflamatórios auINTRODUÇÂO: A infecção pelo vírus Chikungunya (CHIKV) tem se tornado um
importante problema de saúde pública nos países onde ocorrem as epidemias,
caracterizada clinicamente por febre e dor articular debilitante na fase aguda,
com metade dos casos evoluindo para cronificação da doença com dor
persistente e incapacitante. OBJETIVOS: Estabelecer o perfil clínicoepidemiológico dos pacientes com reumatismo crônico pós-Chikungunya
(CHIK) atendidos em um Hospital Universitário. METODOLOGIA: Estudo
transversal realizado no ambulatório de reumatologia do HU-UFPI entre janeiro
a julho de 2018 com pacientes com suspeita de reumatismo crônico pós-CHIK.
Os dados foram coletados através de um questionário e amostras de sangue
foram colhidas para a confirmação diagnóstica por sorologia ELISA e para a
dosagem de marcadores inflamatórios (VHS e PCR). Foram incluídos 24
pacientes que tiveram sorologia confirmada para CHIKV. RESULTADOS:
Dentre os pacientes com confirmação sorológica para CHIKV, observou-se
persistência de imunoglobulina de fase aguda (IgM). A maioria dos pacientes
foi do sexo feminino (83%), e a média da idade foi 56,2 ± 12, com prevalência
entre a faixa etária de 40 a 59 anos (54%). A maior parte eram pardos (83%),
com ensino fundamental incompleto (46%) e proveniente de Teresina (96%). O
tempo médio de evolução da artralgia crônica pós-CHIKV foi de 14,32 ± 6,5
meses, com média de intensidade da dor (EVA 0-10) de 6,5 ± 2,32, e a
articulação mais acometida foi o tornozelo, com pacientes apresentando
sobrepeso prevalentes. Marcadores inflamatórios, VHS e PCR, tiveram
mediana de 24 ± 22,75 e 3,26± 6,68, respectivamente. Foi verificada
associação estatisticamente significante entre VHS e PCR e intensidade da dor
(p= 0,005 e p=0,025), sendo que no sexo feminino tanto a intensidade da dor
(p= 0,009) como os valores dos marcadores inflamatórios estavam
aumentados, em relação ao sexo masculino. CONCLUSÃO: O reumatismo
crônico pós-CHIK nos pacientes atendidos no HU-UFPI é mais frequente em
mulheres, com faixa etária entre 40 a 59 anos, com intensidade de dor e
marcadores inflamatórios aumentados.ABSTRACTINTRODUCTION:Chikungunya virus (CHIKV) infection has become a major
public health problem in countries where epidemics occur, clinically
characterized by fever and debilitating joint pain in the acute phase, with half of
the cases progressing to chronic disease with persistent and disabling pain.
OBJECTIVES: To establish the clinical-epidemiological profile of patients with
chronic rheumatism after Chikungunya (CHIK) treated at a University Hospital.
METHODS: A cross-sectional study performed at the HU-UFPI rheumatology
outpatient clinic between January and July 2018 with patients with suspected
post CHIK chronic rheumatism. Data were collected through a questionnaire
and blood samples were collected for diagnostic confirmation by ELISA
serology and for the dosage of inflammatory markers (ESR and CRP).
We included 24 patients who had CHIKV-confirmed serology. RESULTS:
Among the patients with serological confirmation for CHIKV, persistence of
acute phase immunoglobulin (IgM) was observed. The majority of the patients
were female (83%), and the mean age was 56.2 ± 12, with a prevalence among
the age group from 40 to 59 years (54%). The majority were brown skin color
(83%), incomplete primary education (46%) and from Teresina (96%). The
average time to progression of chronic arthralgia after CHIKV was 14.32 ± 6.5
months, with a mean intensity of pain (EVA 0-10) of 6.5 ± 2.32, and the most
affected joint was ankle, with prevalent overweight patients. Inflammatory
markers, ESR and CRP, had median 24 ± 22,75 and 3,26 ± 6,68, respectively.
There was a statistically significant association between ESR and CRP and
pain intensity (p = 0.005 and p = 0.025), and in females both pain intensity (p =
0.009) and inflammatory markers were increased in relation to males.
CONCLUSION: Chronic post-CHIK rheumatism in patients treated at HU-UFPI
is more frequent in women, with ages ranging from 40 to 59 years, with pain
intensity and increased inflammatory markers. |
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