Abstract:
RESUMO:
Introdução: O estresse ocupacional relaciona-se à percepção do profissional frente
às demandas de trabalho e, os profissionais de saúde, por lidarem com o cuidado e
sofrimento do outro, são expostos a situações que propiciam a sobrecarga emocional.
Objetivo: Avaliar o estresse ocupacional em profissionais que atuam na Estratégia
Saúde da Família. Método: Trata-se de estudo transversal, desenvolvido com 112
profissionais que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) das cidades de Santa
Luz-PI e Bom Jesus-PI, por meio da aplicação do questionário de identificação
sociodemográfico, hábitos de vida e ocupacional e da Escala de Estresse no Trabalho
(EET). Os dados foram submetidos ao processo de dupla digitação, e posteriormente
exportados e analisados no software Statistical Package for the Social Science versão
20.0. Os resultados foram analisados na forma de estatísticas descritivas de média,
desvio padrão, amplitude e frequências absolutas e relativas. Resultados: Níveis de
estresse alto foi identificado em 67% dos profissionais, relacionado a deficiência de
treinamentos para capacitação profissional, deficiência na divulgação de informações
organizacionais, déficit na comunicação entre a equipe e poucas perspectivas de
crescimento. Maiores percentuais de nível de estresse alto foram encontrados em
profissionais do sexo masculino, com idade de 20 a 39 anos, escolaridade de ensino
pós-graduação, separados, possuem filhos, que não praticam atividade física, que
fumam e usam bebida alcóolica. Quanto às variáveis ocupacionais, maiores
percentuais de estresse alto foram encontrados entre os profissionais enfermeiros,
tempo de profissão entre 6 a 10 anos, vínculo empregatício comissionado e que
possuem outro vínculo empregatício. Verificou-se associação significativa entre nível
de estresse com as variáveis idade e uso de bebida alcoólica. Conclusão: O modelo
de gestão do trabalho adotado na Estratégia Saúde da Família pode estar tendo papel
determinante nos elevados níveis de estresse detectados. Considera-se importante
a implementação de estratégias que possam contribuir para o apoio social e
prevenção do estresse ocupacional. Acredita-se que medidas efetivas devem incluir
estratégias individuais de mudanças de comportamento e mudanças organizacionais,
voltadas para proporcionar maior satisfação no ambiente de trabalho. ABSTRACT:
Introduction: Occupational stress is related to the professional's perception of the
work demands and health professionals, because they deal with the care and suffering
of others, are exposed to situations that provide emotional overload. Objective: To
evaluate occupational stress in professionals working in the Family Health Strategy.
Method: This is a cross-sectional study developed with 112 professionals working in
the Family Health Strategy (FHS) of the cities of Santa Luz-PI and Bom Jesus-PI,
through the application of a questionnaire for sociodemographic identification, living
and occupational habits and of the Stress at Work Scale (SWS). The data was
submitted to the double-digit process and later exported and analyzed using the
Statistical Package for Social Science software version 20.0. The results were
analyzed as descriptive statistics of mean, standard deviation, amplitude and absolute
and relative frequencies. Results: High stress level were identified in 67% of
professionals, related to the lack of training for professional qualification, deficiency in
the disclosure of organizational information, lack of communication between the team
and little prospect of growth. Higher percentages of high stress level were found in
male professionals, aged 20 to 39 years, postgraduate education, have children, do
not practice physical activity, smoke and drink alcohol. Regarding occupational
variables, higher percentages of high stress were found among nursing professionals,
length of employment between six and ten years, commissioned employment and who
have another employment relationship. Significant association was found between
stress level and age and alcohol use variables. Conclusion: The work management
model adopted in the Family Health Strategy may be playing a determining role in the
high levels of stress detected. The implementation of strategies that can contribute to
social support and prevention of occupational stress is considered important. Effective
measures are believed to include individual behavior change strategies, and especially
organizational changes, aimed at providing greater satisfaction in the workplace.