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RESUMO: O presente trabalho pretende realizar uma investigação sobre a relação entre filosofia e ciência na perspectiva do filósofo Jean Ladrière. Para tanto, torna-se necessária a apresentação do ponto de partida do filósofo que redefine as diretrizes de ambas partindo de uma crítica as concepções de ciência e filosofia tais como foram
desenvolvidas na tradição moderna pelo filósofo Descartes e posteriormente posta por
Husserl, que segundo ele, desenvolveram a filosofia como fundamentação da ciência e
a ciência dita positiva como ciência da exterioridade (espaço). Esta concepção de
ciência, segundo Ladrière, não pode ser mais considerada na modernidade, isso
porque, restringi o papel da ciência e entrelaça-o com o da filosofia, pois a ciência
deixou de ser apenas o conhecimento dos objetos de um domínio da experiência para
direcionar-se também ao conhecimento das próprias operações pelas quais tal domínio
pode ser reconhecido. Desta forma, se a fundamentação da ciência não está mais
pautada na filosofia e sim dentro de seu próprio eixo, resta, portanto, tratá-la levando
em consideração seus mecanismos internos e externos que lhe caracterizam do ponto
de vista operacional, além dos limites que os mesmos lhe impõem. ABSTRACT: The present work intends to carry out an investigation on the relation between
philosophy and science in the perspective of the philosopher Jean Ladrière. In order to
do so, it becomes necessary to present the starting point of the philosopher who
redefines the guidelines of both starting from a critique the conceptions of science and
philosophy as they were developed in the modern tradition by the philosopher Descartes
and later posed by Husserl, who according to him, have developed philosophy as the
foundation of science and science is said to be positive as a science of outerity (space).
This conception of science, according to Ladrière, can no longer be considered in
modernity, because it restricts the role of science and intertwines it with that of
philosophy, for science ceased to be merely the knowledge of the objects of a domain of
experience for also be directed to the knowledge of the operations by which such
domain can be recognized. In this way, if the foundation of science is no longer based
on philosophy but within its own axis, it remains therefore to treat it taking into account
its internal and external mechanisms that characterize it from the operational point of
view, beyond the limits that they impose on you. |
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