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NEUROPATIA PERIFÉRICA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM PACIENTES DIABÉTICOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE

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dc.contributor.author SÁ, Maria Augusta Amorim Franco de
dc.date.accessioned 2018-07-23T18:06:26Z
dc.date.available 2018-07-23T18:06:26Z
dc.date.issued 2018-07-23
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/1447
dc.description Orientador: Prof. Dr. Viriato Campelo. Examinador interno: Prof.ª Dr.ª Maria Zélia de Araújo Madeira. Examinador externo: Prof.ª Dr.ª Andréa Conceição Gomes Lima (UESPI). pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: A Neuropatia Diabética é a complicação mais comum do Diabetes Mellitus (DM), afetando mais de 50% dos pacientes. A neuropatia periférica simétrica distal constitui sua forma de apresentação mais freqüente, ocorrendo em 90% dos casos, resultando em alterações sensitivo-motoras e déficits funcionais variáveis, além de acarretar custos financeiros e sociais. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são importantes para prevenir complicações da doença, especialmente o pé diabético. A assistência às pessoas com DM na Atencão Primária em Saúde deve ser realizada de acordo com as necessidades gerais previstas no cuidado integral e longitudinal do diabetes, incluindo o apoio para mudança de estilo de vida, o controle metabólico e a prevenção das complicações crônicas, incluindo a ND. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de neuropatia periférica em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) assistidos na Atenção Primária em Saúde, e identificar os fatores de risco associados. Trata-se de um estudo observacional, transversal, quantitativo, realizado em 15 Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona urbana da cidade de Teresina – PI, com a participação de 263 pacientes com diagnóstico de DM2, com idade de 30 a 60 anos. Para a coleta de dados foram utilizados o Instrumento de Classificação de Neuropatia de Michigan (MNSI - Brasil), o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD) e um questionário semi-estruturado, abordando aspectos sociodemográficos, antropométricos, clínicos e assistenciais. A neuropatia periférica foi diagnosticada em 32% da amostra, a qual foi constituída majoritariamente de mulheres (69,2%), sendo a maioria dos pacientes com pouca ou nenhuma instrução (52.8%), casados (58,6%), não consumidores de álcool (79,5%) ou tabaco (93,2%), não praticantes de atividade física (64,6%), e apresentando comorbidades (81,7%). Entretanto, não houve influência significativa das variáveis sociodemográficas sobre a presença de neuropatia. Entre os aspectos clínicos, apenas a pressão arterial sistólica foi estatisticamente associada à neuropatia (p=0.0015). Embora a proporção de neuropatias não tenha mostrado relação com o tempo de admissão na UBS (p=0,2492), houve tendência significativa (p=0,0052) de aumento proporcional dos casos quanto maior o tempo de diagnóstico da DM2. A maioria dos pacientes (87,5%) nunca foi submetida à avaliação das condições neuropáticas em membros inferiores, nem receberam orientações acerca dos cuidados com os pés (65,4%), porém não houve associação dessas variáveis com a presença de neuropatia (p = 0,663 e p = 0,9514, respectivamente). A detecção da neuropatia periférica simétrica distal foi predominantemente atribuída à 2ª parte do MNSI – Brasil, com 30,4% dos pacientes apresentando sinais clínicos indicativos de neuropatia (p<0.0001). Em geral, os cuidados com os pés são realizados em média três vezes por semana, sendo o cuidado de secar entre os dedos o mais praticado. Entretanto, não houve diferenças estatisticamente significantes entre aqueles com e sem neuropatia quanto à pratica de autocuidados com os pés. Conclui-se através do exposto que a prevalência de neuropatia periférica em pacientes com DM2 assistidos na Atenção Primária em Saúde em Teresina-PI foi de 32%; não havendo associação com fatores sociodemográficos, presença de comorbidades, prática de autocuidados com os pés, nem com aspectos relacionados à assistência recebida nas UBSs, tendo influência apenas o tempo de diagnóstico do diabetes e a pressão arterial sistólica. ABSTRACT: Diabetic Neuropathy is the most common complication of Diabetes Mellitus (DM), affecting more than 50% of patients. Distal symmetrical polyneuropathy is the most frequent form of presentation, occurring in 90% of the cases, resulting in sensory-motor alterations and variable functional deficits, as well as financial and social costs. Early diagnosis and appropriate treatment are important to prevent complications of the disease, especially diabetic foot. Assistance to people with DM in Primary Health Care should be performed according to the general needs for full and longitudinal diabetes care, including lifestyle change support, metabolic control, and prevention of chronic complications, including ND. In this context, the present study aimed to estimate the prevalence of peripheral neuropathy in type 2 diabetic patients (T2DM) assisted in Primary Health Care, and to identify the associated risk factors. This is a crosssectional, quantitative observational study carried out in 15 Basic Health Units (BHU) in the urban area of the city of Teresina - PI, with the participation of 263 patients diagnosed with T2DM, aged 30 to 60 years. To collect data, the Michigan Neuropathy Classification Instrument (MNSI - Brazil), the Diabetes Self-Care Activity Questionnaire (DAQ) and a semi-structured questionnaire were used, addressing sociodemographic, anthropometric, clinical and care aspects. Peripheral neuropathy was diagnosed in 32% of the sample, which consisted mostly of women (69.2%), the majority of patients with low or no education (52.8%), married (58.6%), nonconsumers of alcohol (79.5%) or tobacco (93.2%), who did not practice physical activity (64.6%), and had comorbidities (81.7%). However, there was no significant influence of sociodemographic variables on the presence of neuropathy. Among clinical aspects, only systolic blood pressure was statistically associated with neuropathy (p = 0.0015). Although the proportion of neuropathies was not related to the time of admission in the BHU (p = 0.2492), there was a significant tendency (p = 0.0052) of proportional increase of the cases the longer the diagnosis time of T2DM. The majority of the patients (87.5%) were never submitted to evaluation of neuropathic conditions in the lower limbs, nor did they receive guidance about foot care (65.4%), but there was no association of these variables with the presence of neuropathy (p = 0.663 and p = 0.9514, respectively). The detection of distal symmetrical peripheral neuropathy was predominantly attributed to the second part of the MNSI - Brazil, with 30.4% of patients presenting clinical signs indicative of neuropathy (p <0.0001). In general, foot care is practiced on average three times a week, with the most common used technique being drying between the fingers. However, there were no statistically significant differences between those with and without neuropathy regarding the practice of self-care with feet. It is concluded from the above that the prevalence of peripheral neuropathy in patients with T2DM assisted in Primary Health Care in Teresina-PI was 32%; there was no association with sociodemographic factors, presence of comorbidities, selfcare practices with feet, or aspects related to the care received in the BHUs, and only influenced the time of diabetes diagnosis and systolic blood pressure. pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Diabetes mellitus pt_BR
dc.subject Neuropatias diabéticas pt_BR
dc.subject Atenção primária em saúde pt_BR
dc.subject Diabetic neuropathies pt_BR
dc.subject Primary health care pt_BR
dc.title NEUROPATIA PERIFÉRICA E FATORES DE RISCO ASSOCIADOS EM PACIENTES DIABÉTICOS ASSISTIDOS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


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