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RESUMO: A utilização de suplementos alimentares à base de carboidratos já é bem
estabelecida na prática esportiva. No entanto, recentemente diversos alimentos têm sido
investigados, pois possuem efeito ergogênico similar ao de suplementos comerciais. A farinha do mesocarpo de babaçu (Orbignya pharelata Mart.), quando comparado aos suplementos comerciais, se destaca porque possui elevada quantidade de carboidratos e possui compostos antioxidantes, por isso apresenta diversos efeitos fisiológicos benéficos podendo-se destacar propriedade anti-inflamatória, imunomoduladora. No entanto, até o momento não existem estudos que testaram o efeito ergogênico da farinha do mesocarpo de babaçu em atletas. Portanto, este estudo avaliou o efeito da suplementação aguda com a farinha do mesocarpo de babaçu sobre marcadores de dano muscular, estresse oxidativo e capacidade aeróbia de corredores. MEDODOLOGIA: Realizou-se um estudo Cross-over com quatorze corredores amadores, do sexo masculino, com média de idade de 26 anos, esses foram randomicamente distribuídos em três grupos: grupo farinha do mesocarpo de babaçu (GFMB), que ingeriu 0,4 ml/kg/dia diluído em 500mL de água, grupo maltodextrina (GM), que consumiu bebida de carboidrato sem sabor, de forma isocalórica, isoglicídica e isovolumétrica e grupo água (GA) que bebeu o mesmo volume de água. Todos os corredores tomaram uma única dose dos três suplementos, sendo que as intervenções foram separadas por intervalo de sete dias. Inicialmente avaliou-se parâmetros antropométricos e de consumo alimentar. Após a suplementação, os voluntários foram submetidos ao teste de 3200 metros para avaliar a capacidade aeróbia (VO2máx). Realizou-se coleta sanguínea em jejum e após a suplementação para a quantificação de glicose; malodialdeideo- MDA (estresse oxidativo); creatina quinase(CK) e lactato desidrogenase (LDH)(dano muscular). As avaliações ocorreram em três momentos para que todos os corredores pudessem tomar os três suplementos. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS®, versão 20. RESULTADOS: Os corredores apresentaram consumo alimentar habitual hipocalórico, hipoglicídico, normoprotéico e hiperlipídico. A capacidade aeróbica de corredores, bem como 14 a concentração de glicose, creatina quinase, lactato desidrogenase e a produção de marcadores de indicativos de peroxidação lipídica não tiveram modificações significativamente após a suplementação com farinha do mesocarpo de babaçu e nem com a suplementação com maltodextrina. CONCLUSÕES: A suplementação aguda com uma única de dose de 0,4g/kg da farinha do mesocarpo de babaçu, bem como de suplemento comercial a base de carboidratos (maltodextrina) não modificou significativamente a capacidade aeróbia de corredores e nem alterou a glicose, dano muscular e estresse oxidativo. ABSTRACT: The use of dietary supplements based on carbohydrates is already well established in sports practice. However, several foods have recently been proposed, since they have an ergogenic effect similar to that of commercial supplements. The meal of the babassu mesocarp (Orbignya pharelata Mart.), When compared to commercial supplements, stands out because it has a high amount of carbohydrates and has antioxidant compounds, so it has several beneficial physiological effects and it can be highlighted anti-inflammatory and immunomodulatory properties. However, to date there are no studies that have tested the ergogenic effect of babassu mesocarp meal on athletes. Therefore, this study evaluated the effect of acute supplementation with babassu mesocarp meal on markers of muscle damage, oxidative stress and aerobic capacity of runners. METHODS: A cross-over study was carried out with fourteen male amateur runners with mean age of 26 years, which were randomly distributed in three groups: group of meal of the mesocarp of babassu (GFMB), which ingested 0.4 ml / kg / day diluted in 500 mL of water, maltodextrin (GM) group, consuming isocaloric, isoglucose and isovolumetric carbohydrate drink and water group (GA) that drank the same volume of water. All runners took a single dose of the three supplements, and the interventions were separated by a seven-day interval. Initially, anthropometric and food consumption parameters were evaluated. After the supplementation, the volunteers were submitted to the 3200 meter test to evaluate the aerobic capacity (VO2max). Blood collection was fasted and after supplementation for the quantification of glucose; malodialdehyde-MDA (oxidative stress); creatine kinase (CK) and lactate dehydrogenase (LDH) (muscle damage). The evaluations took place in three moments so that all runners could take the three supplements. The data were analyzed in the statistical program SPSS®, version 20. RESULTS: The runners presented habitual food consumption hypocaloric, hypoglycemic, normoprotein and hyperlipidic. The aerobic capacity of runners as well as the glucose concentration, creatine kinase, lactate dehydrogenase and the production of lipid peroxidation indicative markers did not significantly change after supplementation with babassu mesocarp meal nor with maltodextrin supplementation. CONCLUSIONS: Acute supplementation with a single dose of 0.4 g / kg of babassu mesocarp meal as well as a commercial carbohydrate supplement (maltodextrin) did not significantly modify the aerobic capacity of runners and did not alter glucose, muscle and oxidative stress. |
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