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RESUMO: Esta pesquisa tem como corpus de estudo o romance Eu, Tituba, feiticeira... negra de
Salem, de Maryse Cond é (1997). Objetiva-se analisar vozes negras femininas silenciadas
e suas resistências a esses silenciamentos. Como um corolário de tal exercício, busca -se:
analisar as estratégias do texto na constituição do passado da protagonista, Tituba;
discutir, no romance, o lugar das imposições coloniais de gênero e raça à personagem; e
investigar seus processos insurgentes contra a dominação colonial. Ao reconstituir a
história de Tituba, a obra propõe uma narrati va que se nega a fazer parte daquilo que é
ordinariamente invizibilizado, reafirman do a constância de vozes femininas negras do
passado que sempre estiveram falando e resistindo contra as opressões interseccionais.
Como sintoma de suas ausências nas historiografias disponíveis edificadas, no mais das
vezes, sob uma ótica patriarcal, ou sob uma possível historiografia à luz de um
feminismo sob bases de teoria feminista clássica, Condé e outras escritoras negras das
Américas elaboram projetos estético-literários atuantes na emergência do sujeito negro
feminino desde seus lugares de enun ciação. Esta pesquisa fundamenta -se nas abordagens
de Patrícia Hill Collins (2012), bell hooks (2004), Jurema Werneck (2010), Zilá Bernd
(2013), Aníbal Quijano (2005), María Lugones (2008), Alcione Alves (2015), Yolanda Arroyo
Pizarro (2011) e Lelia Gonzalez (1988). ABSTRACT: This research has as study corpus the novel I, Tituba, Black Witch of Salem... , by Maryse
Condé (1997). It aims to analyze black female voices silenced and their resistance to
these silences. As a corollary of this exercise, we seek to: analyze the text strategies in
the protagonist past constitution, Tituba; to argue, in the novel, the place of colonial
impositions of gender and race to the character; and invest igate their insurgent processes
against colonial domination. To reconstruct the history of Tituba, the work proposes a
narrative that refuses to be part of what became ordina rily invisible, reaffirming the
constancy of black female voices of the past who were always talking and resisting
against intersectional oppressions. As a symptom their absences in historiography
available built, most of the time under a patriarchal view, or in a possible history under
the light of classic feminist theory bases, Condé and other black writers of the Americas
elaborate active aesthetic-literary projects in emergency female black subject from their
places of enunciation. This research is base d on the approaches of Patricia Hill Collins
(2012), bell hooks (2004), Jurema Werneck (2010) Zilá Bernd (2013), Aníbal Quijano
(2005), María Lugones (2008), Alcione Alves (2015), Yolanda Arroyo Pizarro (2011),
and Lelia Gonzalez (1988). |
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