dc.description.abstract |
RESUMO: Introdução: A cultura de segurança é o somatório de valores voltados para o compromisso de discutir e aprender com os erros a partir da identificação das ameaças latentes e incorporação de sistema não punitivo para o relato e análise dos erros. Objetivo: Avaliar a cultura de segurança do paciente entre os profissionais de saúde atuantes em um hospital de ensino. Método: Trata-se de um estudo transversal, analítico, realizado em um hospital geral, público, de grande porte, de Teresina, com amostra de 320 profissionais de diversas categorias. A coleta de dados ocorreu no período de julho a setembro de 2016, por meio do Hospital Survey on Patient Safety Culture, processado no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 23.0, e calculadas estatísticas descritivas para as variáveis quantitativas, e frequências para as qualitativas. Os testes executados foram de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis e de Correlação de Spearman com as análises realizadas ao nível de significância de 5%. Para a análise da consistência interna, utilizou-se o coeficiente Alpha de Cronbach. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Piauí. Resultados: Na amostra predominou sexo feminino (80,6%), com idade média de idade de 45,5 anos, ensino médio (41,9%), técnicos ou auxiliares de enfermagem (58,4%), em exercício há 21 anos ou mais no hospital e na mesma unidade, com carga horária semanal de 20 a 39 horas (84,4%) tendo contato direto com o paciente (96,2%), com média de atuação na especialidade ou profissão de 17,2 anos. Apresenta ponto forte na dimensão Aprendizado Organizacional e, dimensões que necessitam de melhoria: Pessoal, Resposta não Punitiva aos Erros, Percepção Geral da Segurança do Paciente e Frequência de Eventos Relatados. Quanto ao Índice de Cultura de Segurança (ICS) as dimensões Pessoal e Resposta não Punitiva aos Erros obtiveram valores mais próximos da área de melhoria. As dimensões foram agrupadas em três níveis, tendo maior média de ICS do paciente para o “âmbito das unidades”, com diferença estatisticamente significativa (p<0,001). A correlação da segurança do paciente e eventos relatados foi positiva com uma diferença estatisticamente significativa (p<0,001), entre as dimensões Percepção Geral da Segurança do Paciente, Frequência de Eventos Relatados, Grau de Segurança do Paciente e Número de Eventos Relatados nos Últimos 12 Meses. A consistência interna do questionário foi de 0,801, com boa confiabilidade. Os comentários dos profissionais de saúde quanto à cultura de segurança do paciente em relação aos erros ou relato de eventos no hospital, concentraram-se na categoria Dificuldades ou aspectos considerados como barreira ou dificultadores na segurança do paciente; evidenciando que há vários aspectos que favorecem o surgimento do erro e da subnotificação. Conclusão: Há um longo caminho a percorrer para que a cultura de segurança do paciente efetivamente se priorize e para isso, é necessária a consonância de objetivos entre formuladores de políticas, gestores e profissionais de saúde. O estudo evidenciou avanços ao mostrar a visão multidisciplinar sobre a cultura de segurança do paciente no hospital. ----------------- ABSTRACT: Introduction: The safety culture is the sum of values aimed at the commitment to discuss and learn from mistakes from the identification of the latent threats and incorporation of non-punitive system for the reporting and analysis of errors. Objective: To evaluate the patient's safety culture among health professionals working in a teaching hospital. Method: This is a cross, sectional, analytical, performed in a general, large, public hospital in Teresina, with a sample of 320 professionals from different categories. Data collection occurred in the period from July to September 2016, through the Hospital Survey on Patient Safety Culture, processado no software Statistical Package for the Social Sciences, version 23.0, and descriptive statistics were calculated for quantitative variables, and frequencies for qualitative ones. The tests performed were of Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis and Spearman's Correlation, with the analyzes performed at a significance level of 5%. For the analysis of the internal consistency, we used the Cronbach's Alpha coefficient. The research was approved by the Research Ethics Committee of the Federal University of Piaui. Results: The sample was predominantly female (80.6%), with mean age 45.5 years old, high school (41.9%), technicians or nurses (58.4%), who were in practice for 21 years or more in the hospital and in the same unit, with a weekly workload of 20 to 39 hours (84.4%) having direct contact with the patient (96.2%), with average performance in the specialty or profession of 17.2 years. Features strong point in dimension Organizational Learning and dimensions that need improvement: Personal, Non-Punitive Response to Errors, General Perception of Patient Safety and Frequency of Reported Events. Regarding the Safety Culture Index (ICS), the Personal Dimensions and Non-Punitive Response to Errors obtained values closer to the improvement area. The dimensions were grouped into three levels, with a higher mean ICS from the patient to the "scope of the units", with a statistically significant difference (p <0.001). The correlation between patient safety and reported events was positive with a statistically significant difference (p <0.001) between the dimensions General Patient Safety Perception, Frequency of Reported Events, Patient Safety Rating, and Number of Events Reported in the Last 12 Months. The internal consistency of the questionnaire was 0.801, with good reliability. The comments of the health professionals about the safety culture of the patient regarding the errors or reports of events in the hospital, focused on the category Difficulties or aspects considered as barriers or obstacles in patient safety; Evidencing that there are several aspects that favor the emergence of error and underreporting. Conclusion: There is a long way to go before the safety culture of the patient is effectively prioritized and for this purpose, the consonance of objectives between policymakers, managers and health professionals is necessary. The study evidenced advances in showing the multidisciplinary view on the safety culture of the patient in the hospital. --------------------------- RESUMEN: Introducción: La cultura de seguridad es la suma de valores orientados al compromiso de discutir y aprender con los errores a partir de la identificación de las amenazas latentes e incorporación del sistema no punitivo para el relato y análisis de los errores. Objetivo: Evaluar la cultura de seguridad del paciente entre los profesionales de la salud que actúan en un hospital de enseñanza. Método: Se trata de un estudio transversal, analítico, realizado en un hospital general, público, de gran tamaño, de Teresina, con muestra de 320 profesionales de diversas categorías. La recolección de datos ocurrió en el período de julio a septiembre de 2016, a través del Hospital Survey on Patient Safety Culture, procesado en el software Statistical Package for the Social Sciences, versión 23.0, y calculadas estadísticas descriptivas para las variables cuantitativas, y frecuencias para las De calidad. Las pruebas realizadas fueron de Kolmogorov-Smirnov, Mann-Whitney, Kruskal-Wallis y de Correlación de Spearman con los análisis realizados al nivel de significancia del 5%. Para el análisis de la consistencia interna, se utilizó el coeficiente Alpha de Cronbach. La investigación fue aprobada por el Comité de Ética en Investigación de la Universidad Federal de Piauí. Resultados: En la muestra predominó sexo femenino (80,6%), con edad promedio de edad de 45,5 años, enseñanza media (41,9%), técnicos o auxiliares de enfermería (58,4%), en ejercicio desde hace 21 años o más en el hospital y en la clínica , Con carga horaria semanal de 20 a 39 horas (84,4%) teniendo contacto directo con el paciente (96,2%), con media de actuación en la especialidad o profesión de 17,2 años. Presenta un punto fuerte en la dimensión Aprendizaje Organizacional y, dimensiones que necesitan de mejora: Personal, Respuesta no Punitiva a los Errores, Percepción General de la Seguridad del Paciente y Frecuencia de Eventos Informados. En cuanto al Índice de Cultura de Seguridad (ICS) las dimensiones Personal y Respuesta no Punitiva a los Errores obtuvieron valores más cercanos al área de mejora. Las dimensiones se agruparon en tres niveles, teniendo un promedio de ICS del paciente para el "alcance de las unidades", con diferencia estadísticamente significativa (p <0,001). La correlación de la seguridad del paciente y los eventos reportados fue positiva con una diferencia estadísticamente significativa (p <0,001), entre las dimensiones Percepción General de la Seguridad del paciente, Frecuencia de Eventos Relatados, Grado de Seguridad del Paciente y Número de Eventos Informados en los Últimos 12 Meses. La consistencia interna del cuestionario fue de 0,801, con buena confiabilidad. Los comentarios de los profesionales de la salud en cuanto a la cultura de seguridad del paciente en relación a los errores o relato de eventos en el hospital, se concentraron en la categoría Dificultades o aspectos considerados como barrera o dificultadores en la seguridad del paciente; Evidenciando que hay varios aspectos que favorecen el surgimiento del error y de la subnotificación. Conclusión: Hay un largo camino por recorrer para que la cultura de seguridad del paciente efectivamente se priorice y para ello, es necesaria la consonancia de objetivos entre formuladores de políticas, gestores y profesionales de salud.El estudio evidenció avances al mostrar la visión multidisciplinaria sobre la cultura de seguridad del paciente en el hospital. |
pt_BR |