Abstract:
RESUMO: As mudanças climáticas têm forte impacto na vida produtiva de pequenos ruminantes e o animal para produzir com eficiência em ambiente com temperatura elevada necessita recorrer a mecanismos de termotolerância. Objetivou-se nesta pesquisa avaliar a resposta de caprinos da raça Anglonubiana a condições de ambiente em dois períodos do ano, por meio da variação nos parâmetros fisiológicos; Frequência Respiratória (FR), Pulsação cardíaca (FC), Temperatura Retal (TR), considerando-os características associadas a termo-regulação e avaliar o uso de infravermelho para mensurar a temperatura corporal como processo não invasivo. Utilizaram-se 20 animais de um rebanho em Teresina, sendo 10 fêmeas lactantes e 10 não lactantes, nos quais mensurou-se com infravermelho a temperatura superficial do úbere cheio e vazio, da veia mamária, da pele e do pelame dessas fêmeas. A Temperatura do Ar e a Umidade Relativa foram mensuradas com termo-higrômetro de bulbo seco. Constatou-se elevação da TA no período seco do ano e redução da UR. O comportamento inverso entre a TA e UR implicou na necessidade do animal recorrer à alteração da frequência respiratória para manter a TR dentro da faixa de normalidade para caprinos na região, visto como situação de desconforto moderado para os animais. A elevação da FC e da FR de forma não significativa (P>0,05) indicou que os animais não utilizaram mecanismos termoregulatório complementares. A temperatura ambiente elevada limita o uso do equipamento infravermelho para indicação de temperatura corporal em caprinos, mas por não ser invasivo pode ser como ferramenta auxiliar na identificação de variação térmica entre animais.