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RESUMO: Introdução: A fadiga musculoesquelética pode ser definida como a incapacidade na geração e manutenção do nível de força, interferindo na capacidade do sistema nervoso central de integrar as vias aferentes e eferentes, prejudicando o controle postural. Tradicionalmente, a avaliação deste impacto é realizada através de variáveis que mensuram a magnitude do deslocamento do corpo, entretanto, torna-se relevante o estudo de mais características deste deslocamento, e assim são propostas análises que observam também a estrutura do deslocamento do corpo, por meio de análise não-linear, como as entropias. Objetivo: Analisar os efeitos da fadiga muscular induzida em membros inferiores sobre o equilíbrio estático de jovens saudáveis em termos de magnitude e estrutura de deslocamento do centro de pressão do corpo. Metodologia: A amostra foi composta por 39 voluntários de 18 a 25 anos do sexo masculino, sendentários e saudáveis. O equilíbrio estático foi avaliado nos momentos: pré-fadiga, pós-fadiga e aos 10 e 20 minutos após a interrupção do protocolo de indução à fadiga musculoesquelética em membros inferiores. O protocolo consistiu em exercício no cicloergômetro, em uma velocidade de 60 rpm com 8 níveis de resistência. Resultados: Os resultados deste estudo apontam que a fadiga musculoesquelética foi capaz de alterar parâmetros estabilométricos em variáveis lineares e não-lineares, observados por meio de maior oscilação do COP e consequentemente resultando em menor eficácia de ajustes posturais. Além disso, resultados inconclusivos nos períodos pós-fadiga apontaram que o tempo de recuperação utilizado no estudo não foi suficiente para retorno das variáveis aos valores basais. Conclusão: Após submissão ao protocolo de indução à fadiga musculoesquelática, os indivíduos apresentaram alterações no controle postural durante ensaios estabilométricos estáticos, tanto em sentido AP quanto ML e em condições com os olhos abertos e fechados, fornecendo evidencias de que a entropia é uma variável que pode complementar as variáveis posturográficas tradicionais. ----------------- ABSTRACT:
Introduction: Musculoskeletal fatigue can be defined as the inability to generate and maintain strength levels, interfering with the central nervous system's ability to integrate the afferent and efferent pathways, impairing postural control. Traditionally, the evaluation of this impact is carried out through variables that measure the magnitude of the displacement of the body, however, it is relevant to study the characteristics of this displacement, and thus are proposed analyzes that also observe the structure of the body displacement, for Means of nonlinear analysis, such as entropies. Objective: To analyze the effects of muscle fatigue induced on lower limbs on the static balance of healthy youngsters in terms of magnitude and displacement structure of the body pressure center. Methodology: The sample consisted of 39 volunteers from 18 to 25 years of age, male, healthy and behaving. The static balance was evaluated at the moments: pre-fatigue, post-fatigue and at 10 and 20 minutes after the interruption of the induction protocol to musculoskeletal fatigue in the lower limbs. The protocol consisted of exercise on the cycle ergometer at a speed of 60 rpm with 8 levels of resistance. Results: The results of this study indicate that the musculoskeletal fatigue was able to change stabilometric parameters in linear and non-linear variables, observed through a greater oscillation of the COP and consequently resulting in a lower efficacy of postural adjustments. In addition, inconclusive results in post-fatigue periods indicated that the recovery time used in the study was not sufficient to return variables to baseline values. Conclusion: After submission to the protocol for induction of musculoskeletal fatigue, subjects presented alterations in postural control during static stabilometric assays, both AP and ML, and in conditions with open and closed eyes, providing evidence that entropy is a variable that may complement the traditional posturographic variables.