Repositório Institucional da UFPI

SER OU NÃO SER: a construção representacional da subjetividade através da Mangina Selfie.

DSpace/Manakin Repository

Show simple item record

dc.contributor.author MOREIRA, Emanuela Ferry de Oliveira
dc.date.accessioned 2018-03-23T14:10:48Z
dc.date.available 2018-03-23T14:10:48Z
dc.date.issued 2018-03-23
dc.identifier.uri http://hdl.handle.net/123456789/1038
dc.description Orientador: Prof. Dr. Gustavo Fortes Said. Membro Externo: Profª. Drª. Andrea Cronemberger Rufino (UESPI). Membro Interno: Profª. Drª. Monalisa Pontes Xavier. pt_BR
dc.description.abstract RESUMO: Os modos de ser atualmente, influenciam na construção das subjetividades individuais, moldando a forma de como se deve ser e parecer aos olhos dos outros. Este olhar é vigilante e direciona as relações que os indivíduos estabelecem uns com os outros. A construção da subjetividade de alguém passa a ser constituída pela visibilidade, pois o que pode ser visto, só existe se for legitimado pelo olhar do outro. O cenário atual insere o corpo num processo de possível ajuste, reparo e adaptação conforme sonhos e desejos do agora. E com as novas tecnologias, a informação e a acessibilidade alcançam rapidamente os objetivos de mercado e influenciam nas mudanças da sociedade e no seu processo de constituição subjetiva. Neste contexto, surge a mangina selfie que é o exemplo do processo de desconstrução normativa que propõe a liberdade de expressão sobre os desejos e subjetividades. Definida pelo neologismo "man" (homem em inglês) e "gina" (últimas 2 sílabas do órgão genital feminino), ela desconstrói o entendimento de gênero nos dispositivos de sexualidade, onde se produz o masculino e o feminino, possibilitando uma investigação além do contexto binário. O praticante de mangina selfie faz a pose nu, escondendo o pênis entre as pernas. Neste caso, no lugar onde deveria mostrar o órgão genital masculino há apenas uma imagem semelhante ao feminino parecido com uma vagina. Para que a selfie seja perfeita, literalmente nada deve aparecer. A mangina selfie foi postada em 27 de abril de 2015, data escolhida aleatoriamente pelos praticantes. Apesar do fenômeno não ter tido continuidade, foi de grande visibilidade e repercussão, o que a tornou um fenômeno midiático com mais de 15 mil postagens em 24 horas. As postagens foram feitas no Instagram. Eram selfies realizadas primeiramente em vestiários de academia, mas logo surgiram registros em locais públicos. Por ser um fenômeno que permite ser e não ser aquele corpo representado, a mangina selfie possibilita ver além do binário que a normatização moderna instituiu. Como questões norteadoras desse trabalho, propõem-se identificar como os processos de representação do corpo que atravessam as posições de gênero binariamente definidos em torno do masculino e do feminino estão sendo caracterizados pela mangina selfie. E o que tem além desta exposição exagerada do corpo que tornou a mangina selfie um fenômeno midiático. O objetivo desta pesquisa é, portanto, interpretar o processo de construção representacional de subjetividade na mangina selfie presente no Instagram. Como método de investigação utiliza-se a netnografia, uma pesquisa de caráter exploratório, com uma abordagem qualitativa, sendo um estudo de caso/observacional. Tivemos como resultado que a omissão da suposta completude masculina, nesta brincadeira de esconder o pênis, não revelou o sentido de ser ou não ser homem ou mulher por simulação de ter uma vagina no lugar de um pênis. Assim, o processo de construção representacional de subjetividade através da mangina selfie presente no Instagram foi interpretado pela necessidade de visibilidade do corpo através do olhar do outro, num ambiente virtual onde as novas interações e sociabilidades acontecem mais facilmente nos dias atuais. ------------------ ABSTRACT: The ways to be today, influence the construction of the individual subjectivities, shaping the way it should be and look in the eyes of others. This look is vigilant and directs the relationships that individuals establish with each other. The construction of one's subjectivity becomes constituted by visibility, for what can be seen exists only if it is legitimated by the other's eyes. The current scenario inserts the body in a process of possible adjustment, repair and adaptation according to the dreams and desires of the recent days. And with the new technologies, information and accessibility quickly reach market objectives and influence the changes of society and its process of subjective constitution. In this context arises the mangina selfie that is the example of the process of deconstruction rules which proposes freedom of expression on the desires and subjectivities. Defined by the neologism "man" (man in English) and "gina" (the last two syllables of the female genital organ), she deconstructs the understanding of gender and sexuality device, which produces the masculine and feminine, allowing an investigation beyond binary context. The mangina selfie practitioner does nude poses, hiding the penis between the legs. In this case, the place where it should appear the male genital organ it shows an image similar to the female like a vagina. To get the perfect selfie, literally nothing should appear. The mangina selfie was posted on April 27th, 2015, date chosen randomly by practitioners. Although the phenomenon has not been continued, it had great visibility and impact, which became a media phenomenon with more than 15 000 posts in 24 hours. The posts were made on Instagram. Selfies were first taken in gym changing rooms, but soon emerged records on public places. It is a phenomenon that allows it to be and not be what body represented, the mangina selfie allows to see beyond the binary that modern regulation instituted. As guiding questions of this work, it is proposed to identify how the processes of representation of the body which cross the positions of binary gender defined around the masculine and feminine are being characterized by mangina selfie. And what is beyond this exaggerated exposure of the body that made the mangina selfie a media phenomenon. The objective of this research is, therefore, to interpret the process of representational construction of subjectivity in the mangina selfie present on Instagram. As research method it was used netnography, with an exploratory research with a qualitative approach, being a case/observational study. pt_BR
dc.description.sponsorship Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI). pt_BR
dc.language.iso other pt_BR
dc.subject Body pt_BR
dc.subject Subjectivity pt_BR
dc.subject Gender pt_BR
dc.subject Mangina Selfie pt_BR
dc.subject Corpo pt_BR
dc.subject Subjetividade pt_BR
dc.subject Gênero pt_BR
dc.title SER OU NÃO SER: a construção representacional da subjetividade através da Mangina Selfie. pt_BR
dc.type Preprint pt_BR


Files in this item

This item appears in the following Collection(s)

  • Mestrado em Comunicação
    Nesta coleção serão depositadas todas as Dissertações do Mestrado em Comunicação do Centro de Ciências da Educação.

Show simple item record

Search DSpace


Advanced Search

Browse

My Account